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Trollada Jovem
Hoje, damos início à retrospectiva de final de ano no Cinéfila por Natureza, com a publicação da nossa lista dos Piores Filmes de 2011, de acordo com a data de lançamento das obras nos cinemas brasileiros. Para tanto, foram levados em consideração todos os 182 filmes que assistimos ao longo deste ano, até a data de hoje (26 de dezembro de 2011), cuja lista pode ser encontrada aqui.
Os Piores Filmes de 2011
01. As Doze Estrelas (2011, diretor: Luís Alberto Pereira)
Um dos maiores problemas de “As Doze Estrelas” é o roteiro de Luís Alberto Pereira, que nunca consegue estabelecer uma coerência lógica entre o que se passa em tela. O filme parece uma colagem de diversas ideias – todas estúpidas, diga-se de passagem. O longa sofre também com uma estética altamente amadorística, ao ponto de você nunca achar que está assistindo a um filme; e com atuações sofríveis de um elenco extremamente fraco. O resultado é um dos piores longas produzidos pelo cinema brasileiro desde a sua retomada.
(Crítica publicada em 01 de Junho de 2011)
02. As Viagens de Gulliver (Gulliver’s Travels, 2010, dirigido por Rob Letterman)
Uma obra produzida pelos mesmos profissionais que nos trouxeram os filmes da série “Uma Noite no Museu”, chama a atenção, em “As Viagens de Gulliver”, o elenco de bons atores contratados para fazerem os habitantes de Lilliput (Billy Connolly, Emily Blunt, Jason Segel e Chris O’Dowd). Infelizmente, para eles, não lhes é dada a mesma chance que foi oferecida ao astro Jack Black. O roteiro escrito por Joe Stillman e Nicholas Stoller privilegia o tipo de comédia que é o forte de Black. Pena que, ao contrário do visto em “Uma Noite no Museu”, a mistura de comédia de ação, com figuras históricas e elementos da atualidade não deu certo. O filme é muito chato e lembra, inclusive, a má sucedida – e vergonhosa – tentativa recente de refilmagem de “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, que reunia um elenco formado por nomes como Jackie Chan, Steve Coogan, Cécile de France, Jim Broadbent, Arnold Schwarzenegger, Maggie Q, Rob Schneider, Owen Wilson, Luke Wilson, Mark Addy, John Cleese, Kathy Bates, entre outros.
(Crítica publicada em 09 de Fevereiro de 2011)
03. Fúria sobre Rodas (Drive Angry, 2011, dirigido por Patrick Lussier)
Até esta obra, o diretor Patrick Lussier só havia trabalhado no gênero de suspense/terror. “Fúria Sobre Rodas” acaba sendo uma experiência diferente para ele no sentido de que não tem o objetivo de fazer você ficar assustado. O filme também não está aí para lhe divertir. A obra, na realidade, vai é chocar os olhares um pouco familiarizados com elementos da linguagem cinematográfica. Talvez, até mesmo sabendo do caráter trash de sua obra, o diretor tenha colocado um tom over na apresentação da trama, acentuando desde as atuações dos atores até à concepção completamente artificial e mal feita dos efeitos especiais.
(Crítica publicada em 20 de Abril de 2011)
04. Deu a Louca na Chapeuzinho 2 (Hoodwinked Too! Hood vs Evil, 2011, dirigido por Mike Disa)
“Deu a Louca na Chapeuzinho 2” é quase um caso único dentre os filmes de animação dirigidos ao público infantil. Não só por causa dos elementos absurdos da trama, como também pelo fato de que esta foi a primeira animação que assistimos, numa sala de cinema lotada de crianças, em que não vimos qualquer reação da plateia ao que estava sendo mostrado. Nada de risadas, de ansiedade para o que está por vir, de envolvimento com a história. E isso é sempre um péssimo sinal…
(Crítica publicada em 15 de Outubro de 2011)
05. As Mães de Chico Xavier (2011, dirigido por Glauber Filho e Haldar Gomes)
“As Mães de Chico Xavier” é o filme que encerra oficialmente as comemorações do centenário de nascimento do médium mineiro. Para efeitos de comparação, acaba sendo a obra mais fraca dessas homenagens todas justamente por não ter a mesma carga emocional de “Chico Xavier” ou de “Além da Vida”, por exemplo, e por transformar o grande legado do médium mineiro, com uma simples frase colocada nos créditos finais, em uma mensagem politizada contra o aborto. Não havia a necessidade disso.
(Crítica publicada em 20 de Abril de 2011)
06. Conan – O Bárbaro (Conan – The Barbarian, 2011, dirigido por Marcus Nispel)
Marcus Nispel é um diretor cuja carreira foi originada nos videoclipes. Na sua curta incursão como diretor de longas-metragens, podemos notar uma certa preocupação com o visual de seus filmes. Em “Conan – O Bárbaro”, logo salta aos nossos olhos a qualidade excelente de elementos estéticos como maquiagem, figurinos, fotografia, trilha sonora e direção de arte. Entretanto, Nispel peca naquilo que o longa deveria ter de mais forte: os efeitos visuais, que soam muito fracos, especialmente quando vistos no formato 3D.
(Crítica publicada em 21 de Outubro de 2011)
07. Apollo 18 – A Missão Proibida (Apollo 18, 2011, dirigido por Gonzalo López-Gallego)“Apollo 18 – A Missão Proibida” é aquele tipo de filme que você já assiste sabendo como ele irá terminar (especialmente por causa dos alertas que são colocados para a plateia nos créditos iniciais). Talvez por isso e pela falta de acontecimentos interessantes no primeiro ato do longa, você não irá se envolver com a história, muito menos se importar com o destino dos três astronautas envolvidos nesta missão. A obra ainda se apoia em vários clichês dos filmes desse gênero (atores desconhecidos interpretando os personagens centrais, o caráter “amador” das filmagens e o fato de ser baseado numa história supostamente real).
(Crítica publicada em 23 de Setembro de 2011)
08. Reféns (Trespass, 2011, dirigido por Joel Schumacher)
Por se tratar de um filme que se passa em um único ambiente, em uma situação em que temos o criminoso e a possível vítima, com o objetivo de nos fazer sentir aquela sensação claustrofóbica de medo e tensão em relação ao que está por vir, este filme lembra muito a obra “Por um Fio”, que Joel Schumacher dirigiu no início da década passada. Porém, ao contrário do filme estrelado por Colin Farrell, este aqui não causa o mesmo impacto na gente, muito em parte por causa dos vários problemas de roteiro e, principalmente, em decorrência da atuação caricatural do grupo de criminosos (especialmente Cam Gigandet e Jordana Spiro) e do tom exagerado de Nicolas Cage e Nicole Kidman em várias das cenas.
(Crítica publicada em 06 de Dezembro de 2011)
09. Premonição 5 (Final Destination 5, 2011, dirigido por Steven Quale)
“Premonição 5” é aquele tipo de filme que você deve assistir com a mente totalmente aberta. Não se incomode com os furos e os elementos absurdos do roteiro (qual é o médico que deixa uma paciente prestes a se operar de correção de miopia sozinha, na sala de cirurgia, sem o acompanhamento de qualquer enfermeira?). Não ligue para as péssimas atuações (especialmente a de Miles Fisher). Afinal, não se pode esperar nada de um filme que possuía a intenção de nos deixar apreensivos, quando, na realidade, acaba ocasionando risadas nossas. E isso acaba sendo horrível, tendo em vista qual é o tema principal desse filme.
(Crítica publicada em 03 de Novembro de 2011)
10. Balada do Amor e do Ódio (Balada Triste de Trompeta, 2011, dirigido por Álex de la Iglesia)
“Balada do Amor e do Ódio” tem efeitos visuais um tanto artificiais (não sei se isso foi intencional). O filme de Álex de la Iglesia só não é um desastre completo porque o diretor tem que agradecer às performances excelentes de Carlos Areces e de Antonio de la Torre; bem como aos competentes trabalhos de direção de arte, maquiagem, fotografia e trilha sonora que fazem com que “Balada do Amor e do Ódio” seja uma obra que acaba prendendo a sua atenção até o final.
(Crítica publicada em 19 de Dezembro de 2011)
As Piores Atuações Masculinas de 2011
David Arquette, Pânico 4
Orlando Bloom, Os Três Mosqueteiros 3D
Nicolas Cage, Fúria sobre Rodas
Nicolas Cage, Caça às Bruxas
Nicolas Cage, Reféns
Miles Fisher, Premonição 5
Cam Gigandet, Reféns
Oscar Isaac, Sucker Punch
Jason Momoa, Conan – O Bárbaro
Owen Wilson, Passe Livre
As Piores Atuações Femininas de 2011
Neve Campbell, Pânico 4
Brooklyn Decker, Esposa de Mentirinha
Maggie Grace, A Saga Crepúsculo – Amanhecer – Parte I
Vanessa Hudgens, Sucker Punch
Nicole Kidman, Reféns
Jordana Spiro, Reféns
Dan Wylie, Santuário
A Pior Cena de 2011
(O imprinting de Jacob em A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte I)
Em uma palavra: NOJENTO!!!